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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Experimento detecta ondas gravitacionais previstas por Einstein em 1916.

Dia 11/02/2016, foi oficialmente divulgada a notícia sobre experimento científico que comprovou  a existência das tão esperadas ondas gravitacionais, previstas pelo físico alemão Albert Einstein já em 1916. Cumprindo o papel do Blog de aproximar a física dos estudantes, buscaremos de forma clara e resumida, explicar o significado da descoberta.
De acordo com a Física Clássica de Isaac Newton (1643-1727) o espaço é algo rígido, plano e indeformável, como uma mesa, de modo que um planeta atrai outro, ou é atraído pelo sol como se fosse ligado por um barbante (e esta seria a representação da força gravitacional). Já para  Albert Einstein (1879-1955), a concepção de espaço é algo flexível, como um tecido capaz de se deformar quando colocamos, por exemplo, uma melancia sobre ele, caso o objeto seja pouco massivo, menor será, ou quase imperceptível, será a deformação. 

Modelo "espaço-tempo" de Einstein

Neste modelo, proposto por Einstein, em 1916, cada objeto massivo cria ao seu redor uma deformação no espaço-tempo capaz de interferir no movimento dos demais objetos.   Podemos imaginar um limão sendo jogado ao redor da melancia que se encontra sobre o tecido, este passará a orbitar ao redor da melancia em função da deformação causada no tecido. Sendo o espaço flexível, quando ocorre uma interação de dois ou mais objetos de muita massa, como buracos negros, este evento gera ondas que se propagam  sobre o “tecido espaço-tempo”, chamadas ondas gravitacionais, as quais foram detectadas na última semana.

Pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) detectaram essencialmente "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de objetos com massas enormes interagindo entre si.
 O Ligo, que começou a funcionar em 2002, consiste em dois enormes detectores de cerca de 4 km de extensão, localizado nos estados de Washington e Louisiana, nos EUA, operando conjuntamente.
A colisão de buracos negros, registrada pelo projeto, observou dois objetos que pesavam cerca de 30 vezes a massa do Sol, e o fenômeno ocorreu a 1,3 bilhões de anos-luz. Os buracos negros em colisão detectados pelo experimento são essencialmente estrelas mortas que implodiram dentro de sua própria força gravitacional. Esses objetos são escuros porque têm uma força de atração de gravidade tão grande que capturam até a luz.
A magnitude do projeto e a importância das ondas gravitacionais para a compreensão atual da física sobre a natureza do espaço são fatores que devem pesar na concessão de um prêmio Nobel aos físicos que elaboraram o experimento. Entre os nomes a serem apontados provavelmente estão Kip Thorne, do Caltech, e Rayner Weiss, do MIT, idealizadores da tecnologia utilizada no experimento.


Referências

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