Experimento detecta ondas gravitacionais previstas por
Einstein em 1916.
Dia 11/02/2016, foi oficialmente divulgada a notícia sobre
experimento científico que comprovou a existência das tão esperadas
ondas gravitacionais, previstas pelo físico alemão Albert Einstein já em 1916.
Cumprindo o papel do Blog de aproximar a física dos estudantes, buscaremos de
forma clara e resumida, explicar o significado da descoberta.
De acordo com a Física Clássica de Isaac Newton (1643-1727) o
espaço é algo rígido, plano e indeformável, como uma mesa, de modo que um
planeta atrai outro, ou é atraído pelo sol como se fosse ligado por um barbante
(e esta seria a representação da força gravitacional). Já para Albert Einstein (1879-1955), a concepção de
espaço é algo flexível, como um tecido capaz de se deformar quando colocamos,
por exemplo, uma melancia sobre ele, caso o objeto seja pouco massivo, menor
será, ou quase imperceptível, será a deformação.
Modelo "espaço-tempo" de Einstein
Neste modelo, proposto por Einstein, em 1916, cada objeto
massivo cria ao seu redor uma deformação no espaço-tempo capaz de interferir no
movimento dos demais objetos. Podemos imaginar um limão sendo jogado ao
redor da melancia que se encontra sobre o tecido, este passará a orbitar ao
redor da melancia em função da deformação causada no tecido. Sendo o espaço flexível,
quando ocorre uma interação de dois ou mais objetos de muita massa, como
buracos negros, este evento gera ondas que se propagam sobre o “tecido espaço-tempo”, chamadas ondas gravitacionais, as quais foram
detectadas na última semana.
Pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer
Gravitational-Wave Observatory) detectaram essencialmente "distorções no
espaço e no tempo" causadas por um par de objetos com massas enormes
interagindo entre si.
O Ligo, que começou a
funcionar em 2002, consiste em dois enormes detectores de cerca de 4 km de
extensão, localizado nos estados de Washington e Louisiana, nos EUA, operando
conjuntamente.
A colisão de buracos negros, registrada pelo projeto,
observou dois objetos que pesavam cerca de 30 vezes a massa do Sol, e o
fenômeno ocorreu a 1,3 bilhões de anos-luz. Os buracos negros em colisão
detectados pelo experimento são essencialmente estrelas mortas que implodiram
dentro de sua própria força gravitacional. Esses objetos são escuros porque têm
uma força de atração de gravidade tão grande que capturam até a luz.
A magnitude do projeto e a importância das ondas
gravitacionais para a compreensão atual da física sobre a natureza do espaço
são fatores que devem pesar na concessão de um prêmio Nobel aos físicos que
elaboraram o experimento. Entre os nomes a serem apontados provavelmente
estão Kip Thorne, do Caltech, e Rayner Weiss, do MIT, idealizadores da
tecnologia utilizada no experimento.
Referências
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